09/09/2014

Alzheimer e idosos

A projeção do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) mostra que o Brasil terá 216 milhões de habitantes em 2025, dos quais 32 milhões (14,8 %) serão idosos. Os números apresentados tornam-se ainda mais expressivos quando se constata a relação diretamente proporcional que a doença de Alzheimer mantém com o aumento da idade.

Segundo a Associação Brasileira de Alzheimer (Abraz), a estimativa é que 5% da população idosa, com 60 anos ou mais, desenvolva algum tipo de demência em 2014.

Tomando por base a projeção populacional do IBGE para 2014, no Ceará, caso os números se confirmem, esta população com demência é de 45.899 mil idosos, destes, 27.540 possuem a Doença de Alzheimer, ou seja, 60%. Esses dados são úteis para demonstrar a importância da doença e alertar os gestores para essa grave questão de saúde pública que, para os epidemiologistas, trata-se de uma verdadeira epidemia de demência emergindo.

Grande parte da população ainda encontra-se sem informações, diagnóstico precoce e assistência. A Doença de Alzheimer é um problema de saúde pública no Estado. Necessita-se de planejamento dos gestores e execução de ações para estes pacientes, além da construção de uma linha de cuidado com atenção multiprofissional.

O Conselho Estadual de Saúde estimula esta discussão e recomenda aos gestores do SUS o desenvolvimento de estratégias que permitam a promoção da saúde e a prevenção desta doença demencial em nosso meio, além de melhoria no acesso especializado e atendimento dos idosos com este diagnóstico.

Cláudia Regina Fernandes
Médica e Cons. Estadual de Saúde

Brasil inseguro

Cada amanhecer, nos horários do nosso País, a mídia revela uma triste repetição dos fracassos do Poder, direcionados aos problemas da falta de segurança. É a vitória da incapacitação. Adicione-se a essa desastrada coincidência de insegurança, instalada como arapucas nos transportes aéreos ou terrestres, conduzindo valorosas figuras humanas da organização política brasileira, que dão cumprimento aos seus programas de candidatos à presidentes da Republica.

Esse modelo de eliminação por antecipação, aqui no Brasil, é antigo. Parece obedecer a uma organização mafiosa de alta periculosidade nacional. Temos fortes lembranças dos acidentes trágicos ocorridos com Juscelino Kubtschek, Ulisses Guimarães, o mal súbito de Nereu Ramos, Getúlio Vargas, a fuga de Jânio Quadros, além dos que desistiram antes, tolhidos pelas misteriosas ameaças de morte. Em forma geral, todas as autoridades, abrangendo as ministeriais e legislativas, são alvos de ameaças secretas, produto do egoísmo do Poder, dos inconsequentes e doentes mentais, que somam os fantasmas da violência. A sociedade convive com uma época de terror diante dos assaltos generalizados e a fragilidade das nossas autoridades em não contarem com os meios de combate ou defesa social, sufocadas pelo narcotráfico e perguntando: "Quem nos dá garantia?" O inimigo, que não admite perder nem perdoar seus combatentes, goza do apoio das nossas leis que abrem janelas para toda espécie de crime, inclusive para o menor delinquente, que tem poderes para comandar o crime organizado mas que não pode ser punido como bandido


Geraldo Menezes Barbosa
Jornalista e escritor

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