Ato público é feito para solicitar a votação da PEC 555, que pede a extinção de cobrança para aposentados

 

O calçadão da Avenida Beira-Mar foi palco para mais uma manifestação. Dessa vez, foram os idosos que reivindicaram a aprovação da Proposta de Emenda a Constituição (PEC) 555/2006, que pede a extinção, gradativa, da cobrança da contribuição previdenciária de 11% sobre os proventos dos servidores públicos, aposentados e pensionistas. A iniciativa foi aderida por diversas pessoas que compareceram à caminhada durante a na manhã de ontem.
A presidente da Associação dos Aposentados Fazendários do Estado do Ceará (AAFEC), Elenilda dos Santos, explica que a taxa passou a ser cobrada novamente há dez anos. "Estamos lutando pela aprovação da PEC 555, pois desde 2003 voltamos a contribuir com o Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) devido a aprovação da reforma da previdência", pleiteia.

Ela ainda acrescenta que essa tributação não auxilia, mais em nada, os aposentados. "Pessoas com 80 e 90 anos estão pagando 11% do que recebem para a previdência, mas não possuem nenhum retorno ou benefício. Não observamos nenhuma lógica nessa cobrança", afirma.

A atividade teve início por volta das 6h30 com a concentração dos ativistas e, em seguida, foi realizado um alongamento e posteriormente a caminhada até o anfiteatro Flávio Pontes, na Avenida Beira-Mar.

No local, uma palestra sobre a PEC 555/2006 foi ministrada para os manifestantes. Às 10h, os participantes andaram para o anfiteatro da União dos Funcionários Fazendários do Estado do Ceará (UFFEC), onde aconteceram algumas oficinas.

Manifestação

A manifestação também procurou informar e conscientizar a população sobre a relevância da aprovação da emenda, que já entrou em pauta quatro vezes na Câmara dos Deputados, mas até o momento não foi votada. A iniciativa tenta fazer com que ela seja julgada ainda neste ano para interromper, o mais rápido possível, essa taxa.

O aposentado Manuel do Nascimento Oliveira fez questão de participar da caminhada. "Vim porque o Governo nos taxou de novo. Em nenhum outro país do mundo aposentado precisa pagar a previdência social, isso é um absurdo", reclama.

Já a estudante Iara Almeida foi o protesto motivada por parentes. "Como meus avós estão apoiando essa luta, eu também estou e, por isso, vim participar do protesto. Tirar 11% do que eles ganham, não faz mais sentido algum. Os aposentados já pagaram tudo que deviam e precisavam, agora é dever do Governo cuidar deles", reivindica.

Fonte: Diário do Nordeste (impresso e online)

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