O governo negocia para votar, nesta quarta-feira (14), o projeto de lei
(PL 1992/07), do Executivo, que cria o fundo de previdência
complementar para servidores civis federais (Funpresp). Também está na
pauta do plenário de hoje a proposta de emenda à Constituição (PEC)
270/08, que concede proventos integrais aos servidores públicos
aposentados por invalidez permanente.
Diante das votações iminentes, a Federação Nacional do Fisco
(Fenafisco) convocou os sindicatos de todo o país para realizar um
trabalho intenso de articulação junto aos parlamentares. Cerca de 40
dirigentes sindicais de diversas bases se encontram em Brasília desde
ontem (13), buscando sensibilizar os deputados contra o PL 1992 e a
favor da PEC 270 – dentre eles o Sintaf Ceará, que enviou três de seus
diretores para a mobilização.
Os dirigentes sindicais do Ceará aproveitam a oportunidade para
sensibilizar os deputados pela inclusão da carreira do Fisco na PEC
443/09, que vincula os salários de advogados da União e procuradores de
estado a 90,25% do vencimento de ministro do Supremo Tribunal Federal
(STF). A emenda nº 5, que inclui os agentes fiscais na proposta,
continua sob análise da Comissão Especial, que ainda não se manifestou
formalmente.
Retrocesso
O PL 1992, que cria um fundo de previdência complementar para os
servidores da União, é considerado um retrocesso pelos sindicalistas.
Isto porque o projeto põe em risco a renda dos servidores públicos após a
aposentadoria. Pela proposta, o novo regime de previdência valerá para
todos os funcionários que entrarem no serviço público federal depois da
sanção da futura lei. A norma vai limitar o valor dos benefícios dos
servidores ao teto pago pelo Regime Geral de Previdência Social (RGPS),
que hoje é de R$ 3.691,74. Para conseguir qualquer quantia acima desse
montante, o funcionário deverá aderir à Fundação da Previdência
Complementar do Servidor Público Federal (Funpresp). Uma das polêmicas
diz respeito à gestão dos recursos por uma instituição financeira
privada. Outra crítica se refere à perda de bons profissionais do quadro
do funcionalismo público, já que os servidores não terão a garantia de
uma boa aposentadoria.
Fonte: Sintaf Ceará