Dados da Secretaria de Saúde do Estado (Sesa) apontam que, até agora, foram vacinados apenas 38% dos idosos, o que equivale a 306 mil pessoas. A meta estipulada para esse ano era de um número bem maior, com previsão de atendimento para até 806 mil idosos.

De acordo com Manoel Fonseca, Coordenador da Promoção e Proteção à Saúde da Sesa, isso se deve ao fato de que muitos municípios não atualizaram ainda os dados repassados para o Sistema Nacional de Imunização.

“Há um retardamento no repasse de informações, de modo que não temos uma ideia global desses números. Quanto à prorrogação, o Ministério da Saúde costuma estender em um mês o prazo de atendimento, principalmente nos estados onde há período chuvoso, o que dificulta o acesso das pessoas”, afirma Fonseca.  

Atendimento

Na fila de vacinação, as pessoas se mostravam irritadas com a demora no atendimento, que havia começado às 7h30min e foi interrompido por falta de vacina às 9h20min.

A funcionária pública aposentada Esmeralda Bezerra, de 60 anos, voltou para casa sem a imunização. “Deixei meus afazeres e é o cúmulo chegar aqui e descobrir que simplesmente não tem vacina. É um absurdo a gente ter que voltar para casa sem atendimento”, ressalta.

A pedagoga aposentada Silene Albuquerque, de 63 anos, entende e concorda com a afirmação de Esmeralda, já que está passando novamente por essa situação. “No ano passado, vim aqui duas vezes e não tinha vacina. Fiquei esperando mais de uma hora e voltei para casa sem ter sido atendida. Agora, me deparo de novo com tudo isso. Já estou perdendo as esperanças”, afirma.

Às 10 horas, a vacina chegou ao Centro de Saúde Escola Meireles, causando alívio aos que persistiram na espera, como o aposentado José Eliézer Pontes, de 91 anos. “Cheguei às 8 horas e só agora pude ser atendido”, afirmou.

O quê

Renato Barros de Castro