22/08/2011
Cirurgias mais seguras
Fonte: Diário do Nordeste
Mesmo com riscos, indicação cirúrgica - em casos precisos - se propõe sempre a beneficiar o paciente
Já
ouvimos falar que há pessoas (pacientes) tão afeitas a cirurgias,
chegando mesmo ao ponto de se viciarem em ir a um cirurgião, criando
uma necessidade de intervenção. No polo oposto, temos os que trazem
verdadeiro pânico de médico, cirurgia e hospital.
Um meio termo
entre esses dois extremos encontramos em algumas abordagens médicas
mais tradicionais, cuja proposta é a intervenção cirúrgica é seletiva,
só ocorrendo em casos realmente imprescindíveis.
Mesmo com a
redução de danos e com o avanço na área cirúrgica, a partir das
intervenções chamadas minimamente invasivas, os riscos de uma cirurgia
existem e devem ser avaliados.
Por outro lado, criar condições
para que as cirurgias se tornem procedimentos cada vez mais seguros tem
sido o objetivo dos profissionais da área. Eles se reúnem de hoje ao
dia 25 no Centro de Convenções de Fortaleza, para discutirem essas e
outras questões pertinentes ao segmento, durante o XXIX Congresso
Brasileiro de Cirurgia.
O coordenador do evento Dr. Heládio
Feitosa admite que os procedimentos cirúrgicos sempre envolvem riscos
ao paciente. Por isso, as recomendações médicas costumam ser
criteriosas e as advertências tentam alertar para que sejam seguidas à
risca, tanto antes quanto durante e depois do ato cirúrgico em si.
A
cirurgia segura será um dos temas desta edição do evento, conforme
Feitosa, responsável técnico pelo Programa de Cirurgia Bariátrica do
Hospital Walter Cantídio da Universidade Federal do Ceará. Ele diz que
o primeiro fator a se considerar para garantir a segurança de qualquer
procedimento, do simples ao mais complexo, é a real necessidade da
cirurgia. "Fazer procedimentos onde não há exigência de tratamento
cirúrgico é um risco". Cita as cirurgias estéticas como exceções, onde
a necessidade não é pautada numa doença.