02/12/2011

Expectativa de vida sobe 11 anos

No País, a expectativa de vida era de 62,5 anos em 1980. Nas últimas três décadas, houve crescimento de 11 anos
 
São Paulo. A expectativa de vida ao nascer alcançou 73,5 anos no Brasil em 2010, segundo pesquisa divulgada ontem pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

A divulgação da pesquisa Tábua Completa de Mortalidade ocorre anualmente desde 1999, atendendo a um decreto federal que exige sua publicação no "Diário Oficial da União". O levantamento mostra a expectativa de vida ao nascer e em cada idade até os 80 anos.

Além de ser um indicador da qualidade de vida da população, os dados têm sido usados pela Previdência Social como um dos parâmetros do fator previdenciário usado no cálculo das aposentadorias.

A pesquisa é uma projeção com base na mortalidade calculada em anos anteriores, dados do Censo, a taxa de mortalidade infantil e as estatísticas de óbitos. Em 1980, a expectativa calculada pelo IBGE foi de 62,5 anos, o que aponta um crescimento de 11 anos em três décadas. Na última década, o crescimento proporcional entre 2000 e 2010 foi de 4,26%.

Os dados mostram que a expectativa de vida das mulheres no Brasil supera a dos homens em sete anos, sete meses e dois dias. Segundo o instituto, as brasileiras tinham esperança de vida ao nascer de 77,32 anos em 2010. Já a dos homens ficava em 69,73 anos.

A pesquisa também mostrou que, no ano passado, a faixa etária de 22 anos foi a que registrou maior sobre mortalidade masculina: a chance de um homem nessa idade falecer era 4,5 vezes maior que a de uma mulher. O resultado é influenciado pelas causas violentas, como homicídios e acidentes de trânsito. A diferença aumentou em relação ao ano 2000, quando era de quatro vezes.

Com o aumento da expectativa de vida do brasileiro, haverá uma redução média de 0,42% no valor do benefício do trabalhador que for se aposentar.

O achatamento ocorre devido ao fator previdenciário, mecanismo utilizado pelo Instituto Nacional do Seguro Social para tentar adiar a aposentadoria de trabalhadores mais jovens, afetando quem se aposenta mais cedo por tempo de contribuição já que esse segurado, em tese, vai receber o benefício por mais tempo. O cálculo leva em conta idade do segurado ao se aposentar, tempo de contribuição e expectativa de sobrevida.
 
 
Fonte: Diário do Nordeste