30/09/2017

O que rolou no Sarau das Palavras de agosto

Iniciando com um poema, Pereirinha abriu a roda naquela tarde de 31 de agosto e conduziu o tema. Era mês dos pais e não se podia deixar pra trás todo amor, poesia e flor, que o mês de agosto nos traz. 

Registrou-se a presença e o dom da vida de um senhor ressabido, conhecido na casa por ter garantido os fios de cabelos brancos e a vasta experiência de vida. Era aniversário do senhor Clóvis Silva, celebrando seus 94 anos. Sem se preocupar com os esquecimentos, devagar, sem pressa, recitou uma conversa que recordava a história de uma flor roxa que já foi branca mais branca que luá, ele falava da história da frô do maracujá.  

Entre uma poesia e outra dos participantes que nunca faltam o Sarau, chegou uma moça com energia e astral para lembrar que aquele mês também celebrava a cultura popular do folclore brasileiro. Sereia Iara, chupa-cabra, curupira, boitatá, mula sem cabeça e saci-pererê, e lá se foram sem nem perceber as lendas traçadas pelo povo em versos e rimas. Ainda com a palavra, Fátima se lembrou do grande Patativa do Assaré contando a poesia do poeta, “cantô” de rua- cante de lá que eu canto de cá. 

Entre uma música e os versos saltados, o poeta Washington Arraes concluiu aquela edição. Lembrou do pai com carinho, trazendo as memórias vivas de menino para aquele salão. 

 

Fonte: AAFEC em Revista (87ª edição)