07/04/2009

População brasileira está mais obesa e hipertensa

Fonte: O Povo
 
A população brasileira está mais obesa, mais hipertensa e abusa com maior frequência do consumo de bebidas alcoólicas. Dados da pesquisa Vigilância de Fatores de Risco e Proteção para Doenças Crônicas por Inquérito Telefônico (Vigitel) mostram que, entre 2006 e 2008, o porcentual de pessoas com obesidade passou de 16,1% para 19%. No mesmo período, a hipertensão saiu de 21,6% para 23,1%. O abuso de álcool, por sua vez, saltou de 16,12% para 19%.

“São indicadores preocupantes”, afirma Otaliba Libânio de Morais Neto, da Secretaria de Vigilância em Saúde do Ministério da Saúde e um dos coordenadores do trabalho. Obesidade e hipertensão são dois importantes fatores de risco para uma das categorias de doenças que mais mata no País, as do aparelho circulatório. O consumo de bebida em excesso está associado à violência e a acidentes de trânsito.

O trabalho, preparado por meio de entrevista telefônica com 54.353 pessoas ao longo de 2008, detectou um aumento importante do consumo abusivo de álcool entre as mulheres: 10,5% bebem exageradamente. A tendência é mais marcante entre o grupo com maior escolaridade. No grupo entre 12 anos ou mais de estudo, 12,5% disseram haver bebido mais de quatro doses de bebida, em uma única oportunidade, o que caracteriza consumo abusivo.

Apesar do aumento importante, os homens são os que mais abusam do álcool. No ano passado, 29% revelaram que, no mês anterior à pesquisa, haviam bebido, em uma só oportunidade, mais de cinco doses de bebida, o que caracteriza o consumo em excesso no grupo masculino.

Ranking
Quando o assunto é obesidade e excesso de peso, Porto Alegre é campeã. Da população adulta da capital gaúcha, 49% está acima do peso e 15,9% são obesos. Teresina tem o menor indicador: 36,6%.

Entre as mulheres, a obesidade atinge principalmente as que apresentam menor escolaridade. O trabalho mostrou que no grupo com zero a oito anos de estudo, 18% eram obesas. Entre o grupo com 12 anos ou mais de escolaridade, a diferença era de quase dez pontos porcentuais: 8,5%.

A doença aumenta de acordo com a faixa etária. Entre 18 e 24 anos, 4,2% são obesos. Esse porcentual sobe na faixa etária entre 25 e 34 anos (11,9%), entre 35 a 44 anos (15%) e atinge o pico no grupo entre 55 e 64 anos (19,9%). (das agências de notícias)