04/02/2009

Só 0,05% no Ceará investe em ações

O Povo / Economia
 
Em um universo de pouco mais oito milhões de habitantes, apenas quatro mil, ou seja, 0,05% dos cearenses investem no mercado de ações. A baixa popularidade desta aplicação também é observada nacionalmente, onde se registra um total de 510 mil investidores no Brasil, ou 0,3% da população brasileira. Na maior cidade do País, São Paulo, 230 mil pessoas aplicam em Bolsa, o que representa 0,5% dos paulistanos.

Os números são considerados baixos pelos analistas, que apontam a falta de cultura de investimento como uma das principais causas do problema. "Nos Estados Unidos, por exemplo, cerca de 60% da população possui ações. No Brasil, é preciso acabar com a falsa idéia de que Bolsa de Valores é coisa de rico", argumenta o operador da XP Investimentos, Gabriel Dassanesi, que realizou a palestra "Como administrar suas finanças pessoais", ontem, no Shopping Aldeota.

Segundo o consultor Alexandre Frota Mourão, o momento de crise internacional pode ser analisado como positivo. "É uma oportunidade para comprar ações com os preços bem abaixo do que estavam antes da turbulência econômica", diz. Dassanesi classifica o investidor cearense como receoso. "Se chega uma empresa de outro estado ou mesmo estrangeira, existe desconfiança", diz.

O diretor do Instituto Brasileiro de Executivos de Finanças (Ibef-CE), Delano Macedo, explica que a queda da Bolsa foi em decorrência dos saques realizados por investidores internacionais e não por problemas das empresas brasileiras. "Este movimento acelerou a redução do preço das ações", informou. Macedo diz que é importante ter cautela ao investir na Bolsa. "É preciso ter apetite ao risco, saber que pode ganhar ou perder, inclusive o valor que foi investido. É uma aplicação de médio e longo prazos", alerta.

Segundo os especialistas, muita gente evita aplicar na Bolsa por acreditar ser complicado ou mesmo inviável para o cidadão comum assalariado. Mas Alexandre Mourão explica que o processo é simples. "Basta RG, CPF e comprovante de residência. É mais fácil que abrir uma conta corrente", compara.

Com os documentos relacionados, o propenso investidor deve se cadastrar em um banco ou uma corretora de valores. Em seguida, é traçado o perfil da pessoa, que pode ser conservador, moderado ou agressivo. "Após este processo, a conta do cliente já pode ser operada, ou seja, começam as transações de compra e venda de ações", explica. Estas operações só podem ocorrer com a autorização do dono da conta.


SERVIÇO

Palestras gratuitas
- Como administrar suas finanças pessoais - Dia 3/3
- Como e onde investir em 2009 - Dias 10/2 e 17/3
- Como começar a investir na Bolsa de Valores - Dias 17/2 e 31/

Local: Shopping Aldeota (Avenida Dom Luís, 500)
Horário: Cinema (8h30min - 9h30min) e Livraria Nobel (19h - 20h)