Casamento não é algo fácil. Não é uma decisão simples de ser tomada, não é num piscar de olhos que se realiza, e também não é de todo um mar-de-rosas para que seja fácil de ser levado adiante. 

Primeiro ele nasce daquele sonho: ‘eu quero casar’, constituir família, ter filhos que mais tarde trarão os netos, ajudar na educação deles, e vê-los crescer até que um dia eles também formem suas próprias famílias. Pode-se dizer que é um processo quase natural que se inicia geração após geração. Mas ainda assim não é nada fácil.

Casar implica doar-se. Abrir mão, muitas vezes, de seus sonhos para que o companheiro possa correr atrás dos desejos dele. Precisa de amor, antes de tudo. A vontade de estar perto de alguém com quem você vai dividir a cama, o banheiro, as alegrias e as tristezas. É necessário também saber que as brigas existirão, e que geralmente os maridos costumam dizer que são as esposas que gostam de arrumar confusão. Estas, por sua vez, terão, durante um período da vida, dias de mau humor que acontecem frequentemente a cada mês, tendo de contar com a paciência dos esposos para que entendam que a situação é passageira. Entretanto, estas são as mesmas que cuidam dos maridos quando eles adoecem, até faltam ao trabalho se for preciso.

Portanto, não são somente espinhos! Existem as alegrias. E quantas alegrias! No final das contas, quando se reativa na memória uma história de 45 anos, se lembra muito mais de como os momentos felizes foram maiores do que os pequenos percalços. O baião-de-dois de cada sábado em família, as viagens entre amigos ou somente a dois, os almoços especiais nas datas comemorativas, as conquistas de trabalho, a alegria de adquirir um carro novo, a cervejinha no bar com os mais chegados e a leitura do jornal no sofá da sala, o jantar sempre na mesa da cozinha, sempre às 18h, sempre com a TV ligada... É, são 45 anos.

Sabe de uma coisa? Casamento é saber lidar com o outro em todas as situações. Assim como se espera que o companheiro saiba lidar com você. Conviver com as qualidades é ótimo, porém respeitar as diferenças não é tão fácil, mas a Dona Juanita e o Seu Libório são exemplos disso. Há 45 anos. E a família deles tem um orgulho que não cabe em si de ter sido fruto dessa história de amor e companheirismo tão maravilhosa, e que dura até hoje. Parabéns!