28/05/2010
Parlamentares que integram a Comissão Especial encarregada de analisar a Proposta de Emenda à Constituição 555/06, que acaba com a contribuição previdenciária sobre os rendimentos de servidores públicos aposentados e pensionistas, reuniram-se para a última audiência pública. Após analisar tudo que foi apresentado durante as audiências, o relator da PEC 555/06, deputado Luiz Alberto (PT/BA), apresentará seu relatório para que a Comissão delibere.
O presidente da Comissão Especial, deputado Marçal Filho (PMDB/MS), lembrou aos presentes a importância das mobilizações para que a PEC seja colocada em votação no plenário. “Para conseguirmos por em pauta no plenário, esperamos que vocês continuem com as mobilizações”, disse Marçal.
A audiência contou com a presença da presidente da APESP (Associação dos Procuradores do Estado de São Paulo), Márcia M. Barreta Fernandes Semer, o diretor-geral da Unafe (União dos Advogados Públicos Federais), Rogério Vieira Rodrigues, o vice-presidente executivo da ANPPREV (Associação Nacional dos Procuradores Federais da Previdência Social), Carlos Mota, o presidente da Associação dos Delegados de Polícia do Brasil, Carlos Eduardo Benito Jorge, e o secretário-geral da Confederação dos Servidores Públicos do Brasil, Sebastião Soares, entre outros.
Carlo Mota, autor da PEC 555/06, disse que o governo manchou o seu mandato com a taxação dos inativos. “Esse pedaço que foi usurpado é o que a PEC tenta colocar na receita dos aposentados”, garantiu. Atual vice-presidente Executivo da Associação Nacional dos Procuradores Federais da Previdência Social (ANPPREV), Mota lembrou que os gastos e custos sobre os ombros dos aposentados fazem com que eles tenham mais gastos do que um servidor na ativa. Por isso, disse contar com a certeza de que a Câmara fará justiça aos servidores, sobretudo aos aposentados.
O relator da proposta, deputado Luiz Alberto (PT/BA), explicou o motivo de ser a última audiência pública. “Esta é a última audiência em função da ausência de novos requerimentos, e não por falta de tempo”. Disse ainda que vai negociar com o governo os pontos polêmicos do texto, afirmou que acredita na aprovação da matéria pela comissão antes do recesso parlamentar (18 de julho).