Através do programa ``Sua nota vale dinheiro``, promovido pela Secretaria de Fazenda do Estado do Ceará (Sefaz), um novo centro de atenção a crianças carentes se tornou realidade para a Associação Shalom de Promoção Humana. A entidade é uma das que utilizam o programa do Estado como fonte de apoio financeiro. Do valor de cada nota apresentada, a Sefaz devolve 0,5%.

E não é pouca coisa. ``Com a arrecadação de notas fiscais, conseguimos juntar, de 2004 até hoje, R$ 600 mil. É um programa que promove muito bem o casamento entre a cidadania com o Estado``, declarou o presidente da Sociedade Shalom, João Edson.

O secretário da Fazenda, Mauro Filho, visitou a entidade ontem e gostou do que viu. ``É muito bom quando percebemos o engajamento da sociedade. O programa quer justamente isto, estimular as pessoas e entidades a assegurar seu direito de receber o boleto fiscal e assim evitar a sonegação``, avaliou.

O bom exemplo do Shalom serve para qualquer entidade filantrópica. ``Temos urnas de acrílico espalhadas por vários estabelecimentos comerciais e em nossas casas também``, diz João Edson, que ressalta que somente em 2009 foram arrecadados R$ 90 mil com a troca das notas doadas pela população. Qualquer pessoa pode participar, basta se cadastrar no site da secretaria que é o www.sefaz.ce.gov.br

A Sociedade Shalom, que presta apoio a crianças, jovens e adultos, com o auxílio extra proveniente da troca de notas fiscais, pretende ampliar os centros do bairro do Papicu e cidade de Sobral e, ainda, projetar mais três casas, sendo uma no Eusébio e outras duas em Fortaleza.

Campeões
Mauro Filho vistou a entidade e pretende conhecer outras cinco vencedoras da p rimeira etapa do Campeões de Arrecadação, uma espécie de gincana organizada pela Sefaz, em parceria com o Grupo de Comunicação O POVO. Cada nota recebida vale cinco pontos, e quem conseguir o maior número de pontos leva um carro zero quilômetro diz o regulamento da gincana.

O secretário voltou a falar sobre a importância do programa ``Sua nota vale dinheiro`` e disse que a ideia da parceria é também de incentivar as pessoas a prestar atenção quando for pagar suas contas. ``Existem alguns comerciantes que entregam comandas, recibos e outros documentos que não servem como cupons fiscais. A população deve ficar atenta e exigir a nota fiscal, que no futuro, será revertida em benefícios para todos, através dos impostos`` discursou.

E-MAIS

> Já foram enviadas 412 cartas notificando as empresas que tiveram suas declarações de impostos sobre o uso de cartões de crédito incompatíveis com o que foi declarado pelas administradoras dos próprios cartões. Ao todo, o valor que a Secretaria da Fazenda do Estado (Sefaz) quer de volta é de R$ 382 milhões.

> As empresas têm até o dia 28 de fevereiro para procurar a Sefaz e buscar uma negociação. ``Estas companhias ou pagam a diferença ou vão ajustar o valor correto que têm que recolher. Se até o fim deste mês não nos procurarem receberão a visita da fiscalização``, disse Mauro Filho.

> Mensalmente, as empresas que utilizam cartões de crédito precisam declarar e recolher impostos sobre as transações através da Declaração de Informações Econômico-Fiscais (DIEF), que é um programa de computador desenvolvido para receber dos contribuintes do Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Prestação de Serviços (ICMS) informações econômico-fiscais através da Internet.