24/09/2009
Banco privado: taxas maiores
Fonte: Diário do Nordeste
São Paulo Os bancos privados reduziram o valor de seu pacote básico de serviços à pessoa física entre maio de 2008 e julho de 2009. As tarifas, porém, continuam mais elevadas que as cobradas pelos bancos públicos - que subiram o preço do pacote no período. Os dados integram levantamento divulgado ontem pelo Ministério da Fazenda.
Segundo o documento, o preço médio do conjunto de serviços básicos caiu de R$ 16,53 para R$ 14,96 no período. Nos bancos privados, houve queda de 23,6%, contra elevação de 9,2% nas instituições públicas.
Apesar disso, os bancos públicos ainda cobram preços mais baixos que os privados para a maioria dos serviços para pessoa física. Dados de julho de 2009 mostram que 21 dos 32 serviços prioritários têm um preço médio menor nas instituições públicas. A cobrança de tarifas com preço menor por parte dos bancos públicos também é comprovada em 75% dos serviços oferecidos para pessoa jurídica.
O levantamento mostra que as maiores elevações entre janeiro de 2008 e julho deste ano ocorreram em tarifas que não costumam fazer parte dos pacotes de serviços, como confecção de cadastro (+313,8%), renovação de cadastro (+104,2%) e exclusão do cadastro de emitentes de cheques sem fundo (+34%). A maioria das tarifas, porém, caiu no período, com destaque para fornecimento de segunda via de cartão de débito (-79,5%), fornecimento de segunda via de cartão para movimentação de conta poupança (-80,4%), fornecimento de folhas de cheque (-52,6%), cheque de transferência bancário (-49,3%) e saque em correspondente bancário (-69,1%).
Fusões
O documento afirma ainda que as operações de concentração bancária que ocorreram nos últimos 18 meses não prejudicaram os consumidores, ao menos no que diz respeito às tarifas dos serviços prioritários.
O texto aponta que, na união do Banco do Brasil com o Besc (Banco de Santa Catarina) e a Nossa Caixa, as tarifas das instituições que estavam acima das cobradas pelo BB foram alinhadas para baixo, enquanto as que eram menores permaneceram como estavam.
Já no caso do Itaú-Unibanco, prevaleceu a tarifa mais baixa entre as duas instituições. Neste caso, os principais beneficiados foram os clientes do Unibanco, cujas tarifas eram em média 35% maiores.
Os dados para o levantamento foram fornecidos pelos bancos públicos e pelas maiores instituições financeiras privadas, que representam 90% dos depósitos dos 50 maiores bancos do País.