18/12/2009
Calor aumenta risco de AVC
Fonte: Diário do Nordeste
Altas temperaturas na cidade são um risco principalmente para os visitantes provenientes de cidades mais frias
O calor durante todo o ano é um dos atrativos turísticos da Capital cearense. No entanto, as altas temperaturas trazem também um alerta, principalmente para quem vem de cidades mais frias. Variações de temperatura aliadas a fatores de risco podem desencadear um Acidente Vascular Cerebral (AVC).
As oscilações térmicas causam, além da desidratação, alterações cardiovasculares, como arritmias cardíacas e diminuição da pressão arterial. Para quem está dentro do grupo de risco do AVC, essas alterações são muito perigosas. Além da diabetes, da hipertensão, da obesidade e do sedentarismo, quem fuma, consome bebidas alcoólicas em excesso, ou está com o colesterol elevado também possui um fator de risco.
Segundo o neurologista João José de Carvalho, chefe do setor de Neurologia e responsável pela unidade de AVC do Hospital Geral de Fortaleza (HGF), a doença é a que mais mata no Brasil. "A cada 23 minutos, um pessoa sofre um AVC no Ceará. E a cada duas horas uma pessoa morre da doença", afirmou.
Mas ele frisou que o problema pode ser prevenido. "Quem não tem um fator de risco da doença tem quase 0% de chance de desenvolver um AVC. Quem tem um dos fatores de risco e consegue controlá-lo, diminui drasticamente essa chance".
Doença
Para diminuir os riscos de um AVC, além de evitar exposição ao sol muito forte e fazer uma alimentação mais leve, durante os períodos de maior calor, é recomendado também aumentar a ingestão de líquidos e evitar carne vermelha.
Popularmente conhecido por derrame, o AVC é causado pelo entupimento ou rompimento dos vasos sanguíneos cerebrais. Os sintomas mais comuns da doença são dor de cabeça muito forte, de forma súbita; e fraqueza ou dormência na face, braços ou nas pernas.