Perante representantes de 14 dos 27 estados federados, o diretor para
assuntos parlamentares da FENAFISCO, Rogério Macanhão, proferiu
explanação sobre a Participação política do Fisco Estadual e Distrital.
Ele iniciou afirmando a necessidade premente de se fazer um planejamento
das ações, para implantação uniforme nos estados, como modo de se
conseguir maior eficácia e efetividade. Para ele, se não houver a
detecção dos perfis próprios, nas UF’s, dificilmente haverá avanços,
harmônicos, para atingirmos o objetivo maior do projeto de participação
política.
Faz-se necessário, também aliar ao planejamento das metas e ações, a
formação de um fundo próprio que dê sustentação às necessidades
materiais que, fatalmente surgirão, a saber: deslocamentos, material de
divulgação e disseminação, aferições dos procedimentos, consultorias,
dentre outros.
A estratégia utilizada, hoje, junto aos parlamentares, embora ajude nos
ajustes pontuais, por si só, não atende de modo pleno, ao objetivo
principal. Necessitamos de uma organização metódica, em todos os estados
e não apenas em Brasília. Os sindicatos filiados precisam entender a
importância do trabalho concentrado nas bases parlamentares e junto à
sociedade.
Lembrou que foi o que ocorreu com o Ministério Público que soube se
organizar, em bases permanentes e altamente técnicas, quando dos
trabalhos da Assembleia Nacional Constituinte. Uma estratégia que rendeu
aos procuradores a sua legislação orgânica.
ELEGER CANDIDATOS É UMA CONSEQUÊNCIA, NÃO A CAUSA DO SUCESSO
Ao contrário do que pensam alguns, o projeto de participação política
não visa, primordialmente, a eleição de fiscais. Tal ocorrência é um dos
meios utilizados, visando o fim maior que é a valorização da carreira
“Fisco” e o seu reconhecimento perante a sociedade. Atuação político
partidária é um importante componente, mas, nem de longe, o principal
objetivo.
O projeto no rumo da participação política passa pelo fortalecimento
político, pela afirmação dos laços com a sociedade e pelo nivelamento do
conhecimento entre lideranças sindicais e a base trazendo, com isso, a
coesão interna, fundamental para a conscientização política da
categoria.
OS PILARES DA ESTRATÉGIA
Para isso, um plano de ação se faz importante abrangendo a categoria, a sociedade e as instituições políticas.
Em relação à categoria, a ideia é ampliar o nível de participação e
coesão. Uma conscientização que a leve a caminhar, com determinação.
Para isso, os sindicatos tem que ir à base levando informação atual e
real e conhece-la, mapeando os seus âmbitos de atuação outros, seja na
política, seja nas organizações civis, clubes de serviços, comunidades,
escolas, etc...
Uma das maneiras de ampliação desse contato são os eventos versando
sobre os temas que defendemos como LOAT, Reforma Tributária,
Participação Política e, técnicos como e-commerce, SPED, dentre outros.
Válidos, também, são os concursos de monografias e contos, os prêmios
como o “Prêmio Gestor”, gaúcho, e as publicações de integrantes da
categoria, em mídia externa. Atividades que têm grande alcance e
impacto.
O projeto prevê, ainda, o fortalecimento dos laços com a sociedade, a
ampliação das áreas de atuação sindical e a melhoria da divulgação das
bandeiras, por nós, defendidas.
Vemos, também, a validade da realização de pesquisas de opinião
pública, como modo de compreender a visão que a sociedade tem da
categoria, as necessidades da sociedade e a avaliação que ela faz das
Instituições.
Posicionamento em temas de interesse público e, por meio de fundações
ou instituições similares do Fisco oferecer cursos para executivos e
parlamentares, nos assuntos como Orçamento, Lei de Responsabilidade
Fiscal, Legislação tributária e Eleitoral, Formação Política, Estudos da
pobreza, dentre inúmeros outros.
Aproximar-se de escolas e universidades, dos projetos sociais, assim
como , estreitar relações com a mídia, são também iniciativas de suma
importância.
INSERÇÃO POLÍTICA DECORRE DE MOBILIZAÇÃO INTEGRADA
A inserção política não tem como acontecer sem relacionamento dos
sindicatos com os poderes e com os partidos políticos. Essa integração,
respeitadas a índole classista e as peculiaridades regionais, tem o
condão de promover o rápido fortalecimento político, visto as
possiblidades que tem de facilitar a formalização de processos para
projetos de interesse social e dos estados e aumentam as oportunidades
de divulgação das bandeiras defendidas.
Esse contato, aberto e permanente com os poderes e órgãos,
possibilitaram o despertar de interesse no estudo dos projetos
legislativos e a participação da categoria, inclusive, como subsidiadora
de gestores e parlamentares, nos assuntos que nos são afetos.
Não temos como esquecer aqueles que nos tem dado suporte, por todo o
país. E preciso garantir o subsídio das candidaturas aliadas. A ideia é
ampliar representatividade sem perder aliados. Para tanto, temos que
identificar parceiros com capacidade de agregar politicamente. Outro
caminho é fomentar as filiações partidárias. Dessa convivência, virá a
percepção dos temas sociais. Além disso, a militância favorecerá o
estreitamento com as diversas esferas políticas.
COMUNICAÇÃO É A CHAVE
O projeto deve utilizar a mídia social – formação e organização de
redes recorrendo, se necessário, aos profissionais de marketing e manter
uma permanente aferição dos resultados nas eleições como, também, para
os candidatos acolhidos pela categoria, disponibilizar cursos sobre a
legislação eleitoral, captação de recursos e prestação de contas de
campanha, aprimoramento de marketing pessoal e recursos de mídia
training.
ORGANIZAÇÃO E MÉTODO
O sucesso de qualquer planejamento depende de metodologia e
organização. Somos da opinião que devem ser formados grupos regionais,
nos estados, com um comando central, estadual e nacional.
Esta estrutura se faz necessária, inclusive para organizar e viabilizar
a captação de recursos e a sua aplicação. Por conta das vedações á
estrutura sindical, a alternativa é a contribuição individual
(tradicional) ou em pequenos grupos, pela via da poupança e da
distribuição dos recursos aos candidatos eleitos pela categoria, direta e
legalmente. Tudo sob a coordenação do comando central.
AGORA, DEPENDE DE VOCÊ, LÍDER SINDICAL
A incursão pelo universo político pode ser um caminho revelador de
grandes horizontes e oportunidades. Hoje, o gestor sindical moderno tem
que estar pronto e apto a encarar os desafios postos à sua categoria.
Com arrojo, ciente de seu passado, mas, dominando as técnicas da
negociação e da interação com todos os segmentos sociopolíticos.
De sua atuação e liderança depende o sucesso nos pleitos. Da sua
argúcia política, o reconhecimento e o respeito prestados aos seus
representados. Afinal, as lutas são de todos e, a todos, impactam nos
seus resultados. Bons e ruins.
Abrace a ideia da Participação Política. Chame a sua base. Insista.
Construa, agora, um futuro sólido e animador. A história sindical saberá
reconhecer o seu esforço e dedicação.
Participação Sintaf
O Sintaf foi representado pelos diretores Jaime Cavalcanti e Nilson
Fernandes, que é coordenador da Comissão Política da Fenafisco.
Fonte: Diretoria para Assuntos Técnicos e Comunicação - com informações Sintaf