27/04/2011
A educação financeira ainda é escassa no País e as pessoas ainda não têm a cultura do investimento, na opinião de Raymundo Nagliano, diretor do Expo Money. Hoje os pretensos investidores podem usar a Internet e livros sobre investimento que servem como um manual.
“Uma coisa que tentamos fazer é desmistificar esse negócio de dizer que investir é coisa de milionário. Com R$ 100 é possível iniciar um bom investimento”, declara Nagliano. Ontem, começou a quinta edição do Expo Money em Fortaleza, evento anual para estimular investimentos e disseminar educação financeira.
O Expo Money teve início em São Paulo em 2003 e ganhou o Nordeste a partir de 2005. Nagliano diz que o atrativo da região nordestina é o crescimento acima da média nacional. “Vimos o crescimento econômico do Nordeste. E se tem crescimento, é preciso que as pessoas saibam investir”.
O diretor do evento recomenda investimentos diferentes dependendo do prazo que se pretende usufruir dos benefícios da aplicação. Para investimentos de curto prazo, até um ano, Raymundo Nagliano recomenda o uso da poupança. Já para longo prazo, para resgatar o benefício após décadas, o indicado é a Bolsa de Valores.
Ano de retração
Para o analista Hugo Azevedo, do Santander, o ano com aumento de juros e restrição do crédito não devem frear investimentos este ano. “Claramente a renda média do brasileiro vai aumentar em 2011, e a economia continua aquecida”, destaca Azevedo.O ano tímido na BM&FBovespa até agora, deve ser revestido no segundo semestre, acredita o analista. Hugo Azevedo explica que os investimento na Bolsa de Valores devem ser estudados a longo prazo, e o ano de contenção do crédito é breve.
Por quê
ENTENDA A NOTÍCIACerca de 20 anos atrás, quando o juro anual atingia a casa dos milhares, era impensável planejar investimentos para o futuro. Atualmente, com o controle do juro, só a falta de educação financeira justifica a falta do hábito do investimento.