10/03/2020

Em celebração pelo seu dia, mulheres debatem a importância de “resistir e florescer”

Na tarde da última sexta-feira (6/3), no auditório da Sefaz, as fazendárias cearenses se reuniram para celebrar o Dia Internacional da Mulher, que este ano apresentou um tema inspirador: “Não basta resistir, tem que florescer!”. O evento – promovido pelo Sintaf e pela AAFEC, com o apoio da Fundação Sintaf e da Sefaz – contou com a participação da secretária da Fazenda, Fernanda Pacobahyba; da secretária da Proteção Social, Justiça Cidadania, Mulheres e Direitos Humanos (SPS), Socorro França; e da bailarina cearense e fundadora da Edisca, Dora Andrade.

Quem chegou mais cedo teve a oportunidade de ganhar uma massagem terapêutica, iniciativa da Associação Cearense de Apoio aos Massoterapeutas Deficientes Visuais.

 

Aprendizado e autoconhecimento

Na mesa de abertura, a diretora adjunta de assuntos culturais e sociais do Sintaf, Joelina Barros, ressaltou que a palavra de ordem é aprendizado. “Esse tema (resistir e florescer) foi pensado nesse sentido. A resistência é necessária – e esse dia 8 de Março é emblemático em homenagem às mulheres que ousaram lutar –, mas eu acredito que o diferencial da mulher é que ela vence com a coerência, com a leveza, a doçura e, principalmente, a fé em Deus, na vida e no que virá”, destacou a diretora.

A diretora-geral da Fundação Sintaf, Yvelise Sales, recordou que o 8 de Março nasceu a partir das lutas trabalhistas das mulheres, mas existem muitas outras sendo travadas – inclusive as lutas internas. “A mulher é muito cobrada. Muitas vezes nos esquecemos de ser mulher, simplesmente, e nos assemelhamos ao homem. Mas é preciso resgatar cada vez mais esse feminino, que é tão bonito. O caminho do autoconhecimento é importante para não ficarmos nessa cobrança eterna”, apontou.

A presidente da Fundação Sintaf, Elenilda dos Santos, também celebrou as mulheres que abriram caminhos para a emancipação feminina. “Ainda sofremos muito com a violência, mas a sociedade está reagindo contra as agressões às mulheres”, ressaltou. “Espero que no futuro próximo possamos comemorar a igualdade de direitos e que a mulher não seja motivo de notícia quando assume cargos mais altos”, evidenciou.

Primeira mulher eleita a ocupar a presidência da Cafaz, Ivany Araújo recordou que desde seu ingresso na Sefaz, passando por diversos cargos de chefia, trabalhou com homens e mulheres competentes sem nenhuma discriminação. Enquanto gestora de saúde, a presidente aproveitou a oportunidade para falar de saúde da mulher. “Ao assumir, descobri que um dos nossos programas de prevenção, o do câncer de mama, é pouco visitado. E esse tipo de câncer tem chances mais altas de cura quando detectado no início. Por isso, convido todas as mulheres a cuidarem da sua prevenção”, convocou.

 

“O feminino é a alternativa”

Em sua fala, a secretária da Fazenda, Fernanda Pacobahyba, ressaltou que o que trouxe a humanidade até aqui, em termos de evolução, foi um grande senso de agregação. “Mas se por um lado fomos norteados pelo senso de colaboração, de formas comunidades, de outro lado havia o senso de competição. E com o nosso sistema econômico, capitalista, a competição acabou prevalecendo. Isso vem resultando nos maiores problemas que enfrentamos na atualidade, desde a degradação do meio ambiente aos problemas emocionais das pessoas”, refletiu.

Neste mundo competitivo, conforme destacou a Secretária, infelizmente a presença das mulheres, especialmente nos postos de comando, não é muito evidente. “É nessa construção que nos encontramos agora. O feminino é a alternativa que sempre esteve conosco, que nos fez chegar até aqui. Esse feminino é sempre identificado com as mulheres, mas não necessariamente”, ponderou.

Fernanda Pacobahyba defendeu, assim, a presença mais afirmativa das mulheres. “Boa parte da nossa gestão (na Sefaz) é formada por mulheres. E elas foram escolhidas porque são competentes; sempre estiveram ali, mas não tiveram a devida oportunidade”, frisou. “Eu acredito que a construção de um mundo novo passa por aquilo que há de feminino – não no sentido do gênero, mas da afetividade; no sentido do respeito, do diálogo, da transparência e da integridade”, finalizou a Secretária, parabenizando a iniciativa do Sintaf por oportunizar aquele debate.

Na ocasião, a Secretária da Fazenda anunciou que o governador Camilo Santana acabava de encaminhar, naquela tarde, à Assembleia Legislativa, os projetos emergenciais da categoria fazendária: teto remuneratório e incorporação do piso do PDF.

 

Fonte: SINTAF/CE