18/08/2011
O elemento principal de uma empresa ainda é o insubstituível homem. De que vale um avançado programa de redução de custo, racionalização e automação, da alta tecnologia administrativa, se o elemento humano, por mais tecnicamente preparado que seja, estiver descrente, desencorajado, abatido, inseguro, e sem temor do mal e dos valores morais? Como evitar o vício, a dependência química, o latrocínio e as desvirtualidades de um caráter pervertido e imoral?
Um executivo, ao sair de casa, não deixa para trás sua ansiedade, preocupação e mesmo o estresse e o estado de pressão em que vive imposto pelo cumprimento de metas e de prazos diários. O homem é, antes de tudo, um ser espiritual. Ele é um ser pneumapsicossomático (espírito, alma e corpo) e tratá-lo fora dessa realidade seria desastroso. Os valores espirituais, morais, éticos e sociais são tão importantes e até mesmo mais nobres, como os conceitos técnicos científicos e políticos.
Todos são importantes e precisam desempenhar bem seus papéis, mas sem o maestro não há orquestra. A autoridade pode ser sempre absoluta, mas a obediência é relativa. O conceito de pobreza é a ausência de sonhos e ideias. Quem não tem sonhos e ideias nada pode realizar e será considerado pobre, mesmo se tiver uma grande fortuna guardada no banco. Nem sempre aquele que é rico é próspero e produtivo. Pode-se observar que nem todos os países que possuem solo e subsolo ricos são os mais desenvolvidos e mais prósperos. Pelo contrário, são atrasados e subdesenvolvidos. Onde está o problema? Com certeza, no modo da organização e da administração.
Um indivíduo que se volta para a vida espiritual só tem a ganhar. Aliás, todos ganham, pois não podemos nos esquecer de que um indivíduo não vive isolado. Assim a família ganha, os vizinhos ganham, a comunidade local ganha, a sociedade ganha e, claro, as empresas ganham.
Colaboração: Vicente Monteiro.