19/05/2010

Fazendários partem unidos para Campanha Salarial 2010

Fonte: Sintaf
 
Os servidores puderam, não apenas debater os pontos-chaves das reivindicações deste ano, como confirmar o compromisso com o futuro do Fisco Estadual cearense
União foi a palavra de ordem dos fazendários. Ao dar início a sua Campanha Salarial 2010, os servidores puderam, não apenas debater os pontos-chaves das reivindicações deste ano, como confirmar o compromisso de cada um com o futuro do Fisco Estadual cearense.

Após as oito horas de seminário, todos saímos dali com a certeza de que a Campanha será o início das conquistas proteladas pelo Governo. Entre as deliberações, a estruturação de comissões para aprofundar cada um dos pontos da pauta de reivindicação e a promoção de outros eventos no decorrer da Campanha.

Durante todo o dia, os fazendários assistiram às experiências de outros Estados na luta pelo Piso Salarial, Paridade e Lei Orgânica. Alexandre Lins, de Pernambuco, trouxe a vivência do Estado na briga pelo aumento do Teto Salarial e, consequentemente, do Piso, já que toda a tabela do Estado está atrelada ao percentual de 3% entre as classes. Dessa maneira, eles atendiam àqueles que esbarravam no teto e aos que estavam no início da carreira.

José Alberto Garcez, de Sergipe, falou sobre a Paridade e do compromisso moral que o Fisco sergipano está tendo com a luta em defesa do aposentado. Uma consciência que começou com a constatação da existência de 90 servidores com tempo de serviço para se aposentar, mas que não o fazem devido ao prejuízo na remuneração que isso traria.

Por último, João Antônio Marins, do Rio Grande do Sul, apresentou os pontos principais da recente lei 13.152/10, que trata da Lei Orgânica da Administração Tributária do Rio Grande do Sul.

Depois das explanações, o Sintaf pode apresentar os estudos iniciais realizados pela entidade sobre a pauta reivindicatória e as sugestões propostas pela comissão que os realizou. São idéias iniciais que durante a Campanha, deverão ser maturadas, aperfeiçoadas e alinhadas às estratégias políticas de negociação e mobilização da categoria.
 

A importância da participação política

O lançamento da Campanha Salarial também foi cenário de reflexões também do contexto político atual, tendo em vista a iminência das eleições gerais no País. O presidente do Sindifisco do Pará, Charles Johnson, apresentou a Comissão de Participação Política da Fenafisco e a sua recente atuação no sentido de potencializar a atuação política da entidade junto aos parlamentares e políticos brasileiros.

Segundo ele, a comissão buscou o “óbvio”. Um óbvio, que muitas vezes, é subestimado: “Nós, fisco brasileiro, precisamos aumentar a nossa participação política federal e estadual”, afirmou.  Ele explicou que a luta nacional e a luta local possuem uma relação dialética. “Não podemos ficar isolados em nossos estados nem achar que tudo é em Brasília. É preciso combinar as lutas locais e nacionais para que elas se reforcem mutuamente”, ponderou.

Assistiram a esse momento alguns parlamentares cearenses: deputado federal, Chico Lopes, e os deputados estaduais, Nelson Martins e Artur Bruno.

O líder do Governo, Nelson Martins, cumprimentou o Sintaf, a categoria e a Fenafisco, pela maneira como estão lidando com o assunto da inserção mais ativa nos temas políticos. Lembrou seu apoio às demandas da categoria e parabenizou os fazendários pela forma como esses têm realizados seus movimentos reivindicatórios, aliando os momentos de confronto aos momentos de diálogo e de negociação. O parlamentar aproveitou para sugerir uma audiência com o novo Procurador-Geral do Estado, Dr. José Leite Jucá.

O deputado Artur Bruno expressou seu apoio e comprometimento com a categoria do Fisco e enfatizou que é preciso fortalecer não apenas a luta sindical, mas a luta política. Ele aproveitou, ainda, para evidenciar a sua admiração pelo Sintaf que, além de trabalhar pelo interesse próprio da categoria, possui uma forte atuação junto a outras entidades, assessorando e contribuindo com a luta sindical do Estado.

Já, Chico Lopes, deputado federal, reafirmou seu compromisso não apenas com a categoria, já que ele também é fazendário, mas com um Fisco Forte e com a construção de uma nova sociedade. O parlamentar lembrou o papel fundamental da tributação para o desenvolvimento do País e do fazendário como o ponto de equilibro entre os interesses do público e o privado.