09/02/2017
Os fazendários do Ceará, dentre dirigentes do Sintaf e representantes da base, participaram na manhã desta quarta-feira (8/2), de um ato contra a PEC 287 (reforma da Previdência), na Praça do Ferreira, convocado pela Frente Cearense em Defesa da Seguridade Social. A manifestação contou com a participação de diversas entidades e sindicatos, que se pronunciaram contra o desmonte da Previdência.
Presente ao ato, o deputado estadual Renato Roseno (Psol) manifestou seu apoio à luta contra a PEC 287. “O Governo quer retirar direitos dos trabalhadores e diz que só há essa alternativa. Isto não é verdade. Quem conhece bem a gestão pública sabe que 42% do orçamento da União está sendo utilizado para o pagamento dos juros, encargos e refinanciamento da Dívida Pública”, destacou o deputado. “Nós queremos uma Previdência justa, contributiva, baseada na solidariedade intergeracional (entre gerações), com caráter protetivo e distributivo. É esse o caráter da Previdência apontado na Constituição de 1988”, defendeu.
O parlamentar criticou a proposta do Governo, que aumenta o tempo de contribuição e prejudica a aposentadoria dos trabalhadores rurais, dos professores e das mulheres. “Isso não vai mudar se o povo não for para a rua, em conjunto com as entidades, as frentes populares e os movimentos sociais. Este governo ilegítimo e antidemocrático precisa da pressão de milhões de trabalhadores para que não leve à frente esta agenda de reformas (da previdência e trabalhista)”, alertou. Segundo Roseno, é preciso conjugar esforços para um grande movimento social em defesa da seguridade social. “A previdência é um direito nosso”, reforçou.
Durante a manifestação, o diretor de Organização do Sintaf, Lúcio Maia, ressaltou que o “rombo da previdência”, tão propagado pela mídia, não existe. “O Governo alega haver déficit na Previdência Social. Mas analisado corretamente os Orçamento da Seguridade Social, que assegura recursos a serem aplicados em saúde, previdência e assistência social, verificamos exatamente o oposto; a Previdência é superavitária”, asseverou. Para o diretor, a única forma de combater uma reforma tão nefasta como essa é “ir para a rua” e defender os direitos históricos dos trabalhadores.
Fonte: Sintaf Ceará