23/02/2011

Fazendários se mobilizam por piso do PDF e paridade

Fonte: Sintaf
 
Ter, 22 de Fevereiro de 2011 17:07

 

 Os fazendários do Ceará estão mobilizados e dispostos a paralisar caso não sejam atendidos na sua reivindicação emergencial: instituição do piso da produtividade contemplando ativos e aposentados. Este foi o recado dos servidores no primeiro dia de mobilização nas unidades da Secretaria da Fazenda do Ceará. Nesta terça-feira (22/2), delegados sindicais e diretores do Sintaf visitaram as CEXATs Joaquim Távora, Centro, Messejana, Barra do Ceará, Caucaia, Parangaba, Maracanaú, Aquiraz e Horizonte, além da Célula de Fiscalização do Trânsito (Cefit) e dos postos fiscais dos Correios, Detran, Aeroporto e Cais do Porto.

Nas visitas, os diretores do Sindicato informaram que todas as etapas para a construção da proposta do piso para o Prêmio por Desempenho Fiscal (PDF) foram vencidas. Aguarda-se, agora, a audiência com o governador do Estado, Cid Gomes. Eles destacaram que, nesta etapa, a mobilização é fundamental para chamar a atenção dos gestores para o pleito da categoria. Conscientes de seu papel, os servidores deixaram claro que, se necessário for, partirão para o indicativo de paralisação.

“Assim como o Estado exige uma boa arrecadação para garantir o atendimento às demandas da sociedade, os fazendários querem o mínimo de estabilidade financeira para atender às necessidades da família”, argumentou um dos servidores. A paridade também foi ressaltada como fundamental. Além de reparar uma injustiça com os aposentados, que amargam uma diferença a menor no seu PDF na ordem de 70% comparado com o PDF do ativo, estes servidores buscam garantir o próprio futuro, já que aproximadamente 500 deles estarão aptos a se aposentar nos próximos cinco anos.

Saiba mais

A visita às unidades atende a uma das deliberações da categoria na assembleia do último dia 14. Na ocasião, os servidores destacaram o pleito como “justo, necessário e urgente”. O mote foi adotado para a campanha de mobilização, estampando as camisas, adesivos e impressos que estão sendo distribuídos pelos grupos de mobilização do Sintaf.

Depoimentos

 “Nós temos que nos preocupar não só com o presente, mas também com o futuro, com a sustentabilidade da nossa remuneração. Essa gangorra salarial não pode continuar. Eu tenho 19 anos de serviço na Sefaz. E como eu vou estar na aposentadoria? Como aposentada, eu preciso ter um bom salário, qualidade de vida. É por isso que estarmos unidos para que esse problema seja solucionado. É de suma importância que toda categoria esteja mobilizada. A nossa união, com toda certeza, vai fazer a diferença”. Germana Pontes de Souza, Cexat Parangaba

“Esse movimento por piso e paridade é fundamentado em dados concretos, em números. Nós continuamos sofrendo com a gangorra salarial enquanto a arrecadação do Estado é crescente. O que a gente quer é garantir um piso mínimo para planejar a nossa vida de forma mais tranquila. Não é justo você ter hoje um padrão de vida ‘x’, que é fruto do seu trabalho, e após dedicar sua vida à Sefaz ver seu padrão de vida cair muito. E nós precisamos de tranquilidade para realizar o nosso trabalho. Então é justíssimo o pleito do piso com paridade, em decorrência do resultado que nós estamos conseguindo. O Estado arrecada e mostra eficiência – fruto do compromisso dos fazendários. Temos vários motivos para convencer o governador”. Erivelton Cartaxo, delegado sindical da Cexat Maracanaú