04/05/2010

Idosos entre os que mais se beneficiam

Fonte: Diário do Nordeste
 
Lindalva de Freitas Cavalcante é usuária assídua das farmácias populares. Ela é um exemplo dos idosos que se beneficiam do serviço. Segundo conta, ela toma vários medicamentos e chega a gastar por mês, cerca de R$ 700, mas o valor poderia bater a cifra de R$1.500 se não utilizasse os remédios subsidiados pelo governo. No entanto, ela se ressente de não ser oferecido o Glucovan C 500/5, que usa para tratar o diabetes, pois o Metformina, embora seja 90% mais barato não é suficiente, no seu caso, para manter o organismo em níveis normais. Por outro lado, Lindalva faz menção de remédios como o Xalatan , contra o glaucoma, que adquire nos estabelecimentos conveniados com desconto de 30% a 40%. Ela cita que toma remédios para hipertensão, labirintite, visão, coração, artrose e osteoporose.

"Essas doenças nos ossos, adquiri recentemente, o que contribuiu para aumentar ainda mais as despesas que já tinha com medicamentos. Imagine, se não fossem as farmácias populares, com certeza não ia conseguir tratar de todos meus problemas", enfatiza a consumidora.

Novidade

A partir deste mês, o governo Federal amplia a lista de medicamentos com descontos. Os estabelecimentos conveniados com a Farmácia Popular estão autorizados a oferecer Sinvastatina, usada no tratamento da dislipidemia (colesterol ruim), e a Insulina regular para o diabetes. O primeiro reduz o nível de colesterol ruim e triglicerídeos, melhorando o fluxo sanguíneo. Isso diminui o risco de hipertensão arterial, de AVC e de infarto. A portaria que determina a inclusão dos remédios foi assinada pelo ministro da Saúde, José Gomes Temporão. O investimento do Ministério para garantir a venda dos dois medicamentos nas drogarias parceiras será de R$ 44,6 milhões ao longo deste ano. "Estamos ampliando o acesso a remédios essenciais para tratar doenças crônicas e frequentes na população. É mais uma forma de assegurar o atendimento integral à saúde do paciente, reduzindo os custos para ele", enfatiza. (IM)

Fique por dentro
O programa


Criado em junho de 2004, o Programa Farmácia Popular tem por objetivo levar medicamentos essenciais a um baixo custo para mais perto da população, melhorando o acesso e beneficiando uma maior quantidade de pessoas.

Atua sobre dois eixos: as Unidades Próprias, que são desenvolvidas em parceria com municípios e estados e o Sistema de Copagamento, lançado no mês de março de 2006, desenvolvido em parceria com farmácias e drogarias privadas.

As farmácias próprias são operacionalizadas pela Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz), que coordena a estruturação das unidades e executa a compra dos medicamentos, o abastecimento das unidades e a capacitação dos profissionais. Contam, atualmente, com um elenco de 107 medicamentos mais o preservativo masculino, os quais são dispensados pelo seu valor de custo representando uma redução de até 90% do valor comparando-se com farmácias e drogarias privadas.

Já no sistema conveniado, o governo paga uma parte do valor dos medicamentos e o cidadão paga o restante.

O valor desembolsado pelo governo é fixo. Por esse motivo, a população pode pagar menos para alguns medicamentos do que para outros, de acordo com a marca e o preço praticado pela farmácia. Mas, em geral, a pessoa que busca o serviço pode pagar até um décimo do preço de mercado do remédio.