08/10/2009

Menor inflação em três anos

Fonte: Diário do Nordeste
 
Rio A inflação sentida pelos idosos deve encerrar 2009 no menor patamar em três anos. É o que indica o mais recente resultado do Índice de Preços ao Consumidor da Terceira Idade (IPC-3i), cuja taxa recuou de 1,15% para 0,86% entre o segundo e o terceiro trimestres do ano, e acumula alta de 5,22% em 12 meses. Para o economista da Fundação Getúlio Vargas (FGV) André Braz, o último trimestre deve ser de inflação mais fraca entre produtos mais consumidos pela população idosa.

O índice é calculado com base no consumo de famílias com, pelo menos, 50% dos indivíduos com 60 anos ou mais de idade e renda mensal entre 1 e 33 salários mínimos. "O IPC-3i anual de 2009 só não deve ser menor do que o de 2006, que foi de 2,26%", disse Braz.

Entre os produtos que mais contribuíram para a inflação menos pressionada este ano entre os idosos estão os alimentos e tarifas públicas, cujos preços subiram menos ou registraram deflação em 2009. "No caso do setor de alimentação, os mais importantes aumentos de preços de alimentos que tivemos este ano foram relacionados aos produtos in natura, ou seja, de impacto sazonal e passageiro", afirmou o economista.

Produtos como soja, milho e trigo, que têm importante peso no cálculo da inflação do idoso, mostram desacelerações e quedas de preço no atacado. "Estes alimentos têm uma cadeia de derivados longa no varejo e pesam muito no bolso do consumidor idoso", disse o técnico.

Já no caso das tarifas, Braz comentou que não há previsão de reajustes de preços expressivos nos próximos meses. Na passagem do segundo para o terceiro trimestre, a desaceleração foi influenciada por fatores sazonais, como as taxas de inflação mais fracas nos preços de medicamentos em geral (de 5,04% para 0,06%) e de cigarros (de 20,78% para 0,00%).

Cautela

Com relação aos gastos com presentes no Dia da Criança. A pesquisa indica cautela, na comparação com o mesmo período do ano passado.

Na comparação com anos anteriores, o indicador de 86,9 pontos em 2009 supera apenas o de 2006 (85,3 pontos). Em relação ao ano passado, a parcela reduziu-se de 17,6% para 11,7% do total