30/07/2010

Paridade, luta comum de ativos e aposentados, motiva união SINTAF/AAFEC

Fonte: Sintaf
 
Publicado em 26/07/2010
O último painel do VI Conefaz, na manhã da sexta-feira, 23, serviu de introdução à principal deliberação da tarde – a mudança estatutária que uniria SINTAF e AAFEC, em decisão de Assembleia.

 

O último painel do VI Conefaz, na manhã da sexta-feira, 23, serviu de introdução à principal deliberação da tarde – a mudança estatutária que uniria SINTAF e AAFEC, em decisão de Assembleia. “O tema evoca a unidade, mobiliza ativos e aposentados. Paridade é bom-senso, questão de justiça, objetivo a ser alcançado urgentemente”, anunciou o mestre de cerimônia, ressaltando a boa presença de fazendários, dando pistas do que seria o dia de trabalhos.

Para alicerçar as discussões foi exibido vídeo do V Conefaz, de 2008, prova de que a luta não é recente. Em uma das passagens, Carlos Eduardo Marino defendeu a paridade do PDF para os aposentados. Elenilda dos Santos, presidente da AAFEC, contou do apoio do SINTAF para que o PDF dos aposentados seja pago nas mesmas bases dos ativos. Antônio Mesquita então sintetizava: “Categoria engajada é a que luta para si e para todos”.

PARIDADE ENCENADA

Hora de rir e refletir. O Grupo de Artes da AAFEC, dirigido pela atriz Joana Angélica, encenou a peça “A Paridade”. Os personagens de Juanita Mota (Lúcia, fazendária esclarecida), José Batista (José, fraco de memória e audição) e Antônio Mesquita (Antônio, fazendário da ativa), passaram a mensagem com bastante graça. Seu José confundiu “teto” com tétano, entendeu que paridade significa “parir muito” e o público deu boas gargalhadas. As palavras finais de Juanita repercutiram: “Somos uma família, a família fazendária do Ceará”.

FUNDAÇÃO SINTAF

Aberto espaço para a Fundação SINTAF, Argemiro Torres Neto contou a história e a missão da entidade, conclamando à participação. Reforçou a ampliação do papel do Fisco: da sua essencialidade ao funcionamento do Estado, à gestão e controle dos recursos na execução das políticas públicas, com foco nos problemas sociais. Na mesa, falando por suas entidades, o vice-presidente da Cruz Vermelha no Ceará, Osvaldo Furtado de Oliveira, e a representante do Projeto Anjos de Deus, Irmã Maria do Socorro dos Santos.

PARIDADE EM CENA

O painel “Paridade entre Ativos e Aposentados” foi presidido pelo diretor de Assuntos Administrativos e Financeiros do SINTAF, Paulo Rossano. Os conferencistas foram o deputado federal pelo PC do B do Ceará, Chico Lopes; a diretora de Aposentados da FENAFISCO, Cristina Lima de Sousa; o presidente do Instituto MOSAP (Movimento dos Servidores Públicos Aposentados e Pensionistas), Edson Guilherme Haubert. Também participaram o diretor de Aposentados do SINTAF, Abraão Lacerda, e a presidente da AAFEC, Elenilda Santos.

LUTA CONJUNTA

“Sou um apaixonado pelos aposentados e pensionistas”, afirmou Abraão Lacerda, diretor de Aposentados do SINTAF. “Aqui estamos para discutir a melhor forma de implantar a paridade na SEFAZ. A paridade é importante, buscaremos a paridade a qualquer custo”.

Edson Guilherme, presidente do MOSAP, saudou a FENAFISCO por sua luta pelos ativos e aposentados. “Quem se torna aposentado não se torna menos digno, menos gente. Paridade é direito adquirido, questão de humanidade, tratamento isonômico, justo, como justa é a não-contribuição previdenciária por quem se aposenta por invalidez”, disse ele. E acrescentou: “Reconhecer a paridade é medida acertada por parte do Governo e da Administração Fazendária. É preciso eleger parlamentares comprometidos com a nossa causa. É importante a união no Ceará (Sintaf/AAFEC) como exemplo para o Brasil. Sem união, não chegaremos a lugar algum”.

A diretora de Aposentados da FENAFISCO, Cristina Lima, destacou que os Estados têm dificuldades com a paridade, por isso há a necessidade de um trabalho na base, no boca-a-boca, exigir posicionamento dos deputados, pressionar no Congresso Nacional. “Taxar aposentado por invalidez é medida cruel. É preciso impedir o avanço de medidas que retiram ainda mais direitos da gente. Vários são os projeto de emendas à Constituição em tramitação. A PEC 555, por exemplo, trata da eliminação da cobrança de contribuição dos aposentados e pensionistas do serviço público; a PEC 270 garante ao servidor que aposentar-se por invalidez permanente o direito aos proventos integrais com paridade”.

Já o deputado Chico Lopes lembrou que política é correlação de força. “Que os servidores públicos busquem parlamentares aliados para defender os interesses da classe”, conclamou. “Temos adversários nos governos dos Estados. Os fazendários têm conhecimento de onde vêm os recursos, o que é orçamento. Tenhamos visão mais ampla. Vamos à guerra armados até os dentes; guerra se ganha na luta, no grito. Aposentadoria não é dádiva, é conquista”, concluiu o deputado.