18/06/2014

Pássaro Pai, Pássaro Filho



A história que eu vou contar
É uma visão do destino
No sítio do meu avô
Quando eu era pequenino
Fiz uma grande experiência
Ou brincadeira de menino?
 
Prendi um casal de pássaro
Que ainda estava novinho

Coloquei numa gaiola

Devagar devagarinho

Sem água, sem alimento

Deixei o casal sozinho.

 

Os pais logo apareceram

E com muita euforia

Os filhos alimentaram

Com amor e alegria

E a cena se repetia

Diversas vezes por dia.

 

Vi os filhotes crescerem

Com minha observação

Muito fortes e saudáveis

Chamavam mesmo a atenção

Aí eu tive uma ideia

De fazer um alçapão.    

  

Depois de algum tempo

Que eu fiz essa armadilha

Armei no meio do cercado

Na ponta de uma forquilha

E prendi os velhos pais

Sem comida e sem vasilha.

 

Soltei então os filhotes

Pois já sabiam voar

Porque já eram adultos

Podiam os dois se virar

Porém, guardei a esperança

Que eles iam voltar.

 

Deixei lá os velhos pássaros

Sem ter nenhum alimento

Esperando que os filhotes

Voltassem a qualquer momento

E alimentassem o casal

Era o meu entendimento.

 

              Imaginem que tragédia

              Vejam o que aconteceu

              Quando pra lá retornei

Nenhum filho apareceu

E o velho casal de pássaro

De fome e sede morreu.

 

Pra meu amigo leitor

Uma recomendação

Não abandone seus pais

Na hora da precisão

Esteja sempre ao seu lado

Em qualquer situação

 

Nossa família é um exemplo

Sempre cuidou do idoso

Continuando assim

Será bonito e gostoso

Espero que cuidem de mim
Quando caduco e nervoso

Gentil Teixeira Rolim - Associado da AAFEC e membro da Academia Metropolitana de Letras de Fortaleza