13/12/2010
Previdência reduz a mordida do Leão
Fonte: Diário do Nordeste
É o único investimento passível de ser deduzido do IRPF, mas só pode ser feito se for investido até 12% do rendimento bruto
São Paulo.
Com o final do ano bem perto, 2011 já traz uma preocupação aos
contribuintes: o Imposto de Renda da Pessoa Física (IRPF). Para quem
acha que perderá muito com a mordida do Leão, é bom saber que há como
investir e pagar menos imposto ou até mesmo receber uma restituição
maior: a previdência complementar.
Esse investimento é o único
passível de ser deduzido do IRPF, mas ele só pode ser feito se for
investido até 12% do rendimento bruto da pessoa e até o dia 31 de
dezembro deste ano.
De acordo com o professor de finanças do
Insper, Liao Yu Chieh, caso o contribuinte saiba investir em
previdência privada, ele não só consegue a dedução como ainda pagará
menos imposto quando o tributo for cobrado no fim do contrato, e o
dinheiro passar a ser devolvido. "Se a pessoa tem R$ 10 mil e se
encaixa na faixa de 27% de imposto, ela terá R$ 2,7 mil a menos para
pagar ou restituir no próximo ano, por exemplo. E se ainda optar pelo
Imposto de Renda progressivo quando fizer o investimento e pagar ao
longo de 10 anos, o imposto final será de 10%", explica o especialista.
Porém,
a dedução no IR só é possível para quem optar pela previdência
complementar Plano Gerador de Benefício Livre (PGBL). Esse tipo de
investimento é indicado para quem tem emprego formal, contribui para a
Previdência Social e faz a declaração completa do IR, ou seja, tem
dependentes.
Já para quem é profissional liberal, quem é isento
de pagar IR, faz a declaração simplificada ou seja empregado de
qualquer outra forma que não seja celetista, o indicado é optar pela
previdência complementar Vida Gerador de Benefício Livre (VGBL). Nesta
modalidade, o valor aplicado não pode ser deduzido no IR, mas no final
do plano só pagará imposto sobre o rendimento e não sobre o total como
ocorre com a PGBL.
Futuro
Independentemente
do benefício sobre o IR, os especialistas recomendam o investimento em
previdência complementar. "Para todo mundo vale a pena. É um dinheiro
que a pessoa não ficará propensa a mexer se for uma poupança, por
exemplo", explica Ricardo Humberto Rocha, professor de finanças da
Fundação Instituto de Administração. Ele lembra que mesmo que o plano
seja oferecido por um banco, é a seguradora do grupo que está por trás
e é ela que administra o produto.