27/05/2009

Procuradores de Fortaleza param e cogitam greve

Fonte: O Povo
 
Pela primeira vez na história, os servidores da Procuradoria Geral do Município (PGM) irão fazer uma paralisação. Hoje, por 24 horas, os 70 procuradores que defendem na Justiça os interesses da Prefeitura cruzarão os braços para pressionar a prefeita Luizianne Lins (PT) a enviar para a Câmara o Plano de Cargos, Carreiras e Salários (PCCS) da categoria.

Segundo o presidente da Associação dos Procuradores Municipais de Fortaleza (Apacefor), Jacinês Luz Neto, desde o final do ano passado que o plano foi elaborado. Entretanto, a prefeita estaria insistindo em protelar o envio do documento para aprovação no Legislativo. “Nesse ano nós já tivemos reiteradas promessas, e até hoje ainda não foi. Nunca houve essa resistência”, reclama Jacinês.

O procurador afirma que a curta paralisação a ser deflagrada na manhã de hoje é uma tática para evitar que o pior aconteça: uma greve por tempo indeterminado. “Nós não queremos que isso aconteça. Sabemos da importância que o órgão tem e da gravidade que seria a procuradoria parar. Por isso esperamos que se chegue a um consenso”, diz Jacinês Neto. Ele acrescenta que durante a paralisação, uma assembleia será realizada para decidir se a categoria delibera ou não por greve. Tudo vai depender do resultado de uma reunião entre a prefeita e o procurador-geral do Município, Martônio Mont’Alverne, que deve acontecer hoje.

Jacinês Neto explica que, com a paralisação da PGM, todas as atividades extrajudiciais deixarão de acontecer, como pareceres sobre aposentadoria e dispensa de licitações. “Porém, os processos judiciais correrão normalmente”, atenta.

>> Durante a tarde e a noite de ontem, O POVO tentou falar com o procurador-geral do Município, Martônio Mont’Alverne. Ele não atendeu a nehuma das ligações feitas para o seu celular. Foi deixado também um recado com a secretária de seu gabinete. No entanto, até o fechamento desta edição, não houve retorno.