02/07/2009

Reajuste mínimo a servidores do Estado será de 6%

Fonte: O Povo
 
Cid Gomes (PSB) anunciou ontem um reajuste linear mínimo de 6% para os servidores do Estado. Esta foi a primeira vez em seu mandato que o aumento linear fica acima do índice de inflação, que nos últimos 12 meses ficou em 4,9%, segundo o Governo. O governador anunciou o reajuste em reunião ontem à noite com entidades representativas dos servidores.

Para profissionais do magistério, o aumento médio anunciado é de 13,8% - variando até 18%, dependendo do nível da carreira do profissional. Essa categoria soma aproximadamente 36 mil servidores. Já para policiais militares, civis e bombeiros, que somam aproximadamente 20 mil pessoas, o aumento médio será de 7%.

Na semana passada, o Governo já havia anunciado 12% de aumento para os que recebem apenas um salário mínimo. Estes representam cerca de 38 mil servidores e terão o salário aumentado de R$ 500 para R$ 560.

O governador anunciou ainda aumento de 23,51% para professores universitários, que são 4 mil servidores.

Segundo o deputado Nelson Martins (PT), líder do Governo no Legislativo, os rejustes serão implantados já na folha de pagamento do mês de julho. Para isso, o Governo pretende enviar as mensagens dos reajustes à Assembleia Legislativa até a próxima sexta-feira, para que sejam votadas e aprovadas até a semaque vem.

Segundo Jerônimo Barroso, presidente da CUT-CE e coordenador do Fórum que reúne as categorias do funcionalismo estadual, o Fuaspec, o reajuste de 6% é uma “vitória” porque ficou acima da inflação, fato inédito no governo Cid. Ele considera, porém, que os aumentos poderiam ser maiores. A proposta de 6% foi apresentada na reunião de ontem pelo próprio Fuaspec.

Na semana passada, o Governo cogitava cobrir apenas a inflação de 4,9%, alegando que não queria ultrapassar uma margem virtual de 49,6% da receita corrente líquida com gastos da folha de pagamento. Com os reajustes anunciados ontem, a folha de pagamento dos servidores representará, ao fim de 2009, 51% da receita do Estado. A Lei de Responsabilidade Fiscal permite que esse índice chegue a 57%. Em termos financeiros, o impacto no ano será de R$ 700 milhões, um acréscimo de 14,5% na folha de pagamentos do Estado, o que inclui futuras contratações já previstas.

O índice de 4,9% de inflação, que fundamenta as contas do Governo, considera uma projeção entre junho de 2008 e junho de 2009.