Os trabalhadores, de um modo geral, estão acostumados às pressões dos gestores em época de greve. E não seria diferente com os servidores fazendários, que deliberaram por mais uma paralisação – desta vez de 48 horas – nos dias 6 e 7/4. Eles não se intimidam com as ameaças de destituição de cargos ou corte no ponto, pois estão conscientes de que o movimento paredista é legal e legítimo, além de fundamental para a conquista do piso do PDF com paridade.

A greve é um direito fundamental, garantido constitucionalmente (art. 9º e 37, inciso VII) e a sua adesão está amparada pelas Súmulas nº 20 e nº 316 do STF, inclusive durante o estágio probatório. O direito de greve não é uma concessão, mas fruto da luta dos trabalhadores ao longo da história. É um instrumento poderoso nas mãos dos trabalhadores conscientes e unidos; por isso os empregadores tentam limitá-lo de todas as formas.

No caso dos fazendários do Ceará, que lutam por uma remuneração estável e uma aposentadoria digna, o movimento vem se fortalecendo a cada dia. Os servidores não abrem mão do piso e da paridade, demonstrando sua responsabilidade com o passado, o presente e o futuro da Sefaz. 

Queremos respostas e não ameaças. Neste momento, qualquer retaliação da Administração deve ser encarada como um motivo a mais para fortalecer o movimento. Afinal, os tempos de truculência já se foram com a ditadura. É preciso estar alerta às tentativas de dividir a categoria com afirmações de que as coisas estão “resolvidas”, quando não houve nenhuma resposta por parte da Administração. A categoria sabe que todos os avanços na Sefaz foram decorrentes da organização e da luta dos fazendários.

Um Governo com bases socialistas não deve se pautar por atitudes arbitrárias e retrógradas, tipicamente neoliberais, como a coação de trabalhadores que lutam por seus direitos. É hora de valorizar os principais responsáveis pela excelente arrecadação do Estado. Os fazendários merecem respeito!

Agende-se!
30/3: Reunião do Conselho Sindical do Sintaf, às 8h30, na sede do Sintaf
6 e 7/4: Paralisação de 48 horas nas unidades da Sefaz
15/4: Assembleia Geral da Categoria