18/06/2014
“Quero ser lembrado como o sanfoneiro que amou e cantou muito seu povo, o sertão; que cantou as aves, os animais, os padres, os cangaceiros, os retirantes, os valentes, os covardes, o amor”. A frase do eterno Gonzagão é uma verdadeira antecipação do que cem anos depois de seu nascimento se percebe na arte, na memória, no coração dos brasileiros, em especial, dos nordestinos. O legado cultural deixado pelo “Mestre Lua” encanta a todos.
E o Sarau das Palavras, realizado no dia 12 de julho, foi uma pequena prova de que Luiz Gonzaga é o legítimo símbolo das nossas raízes, da nossa região. A alegria, a força, as dores, os amores cantados por Luiz Gonzaga, foram rememorados em versos e música no encontro mensal da AAFEC.
O Sarau do Gonzagão foi marcado por homenagens, poemas, cordéis, rimas, brincadeiras e muita música. Um diferencial dessa edição do Sarau foi que as canções foram cantadas em verdadeiro coro pelos presentes por serem de conhecimento de todos. Dentre as composições, “Luar do Sertão”, “Estrada de Canindé”, “A vida do viajante”, “Riacho do navio” e “Asa Branca”.
Mesmo de forma improvisada, um casamento matuto alegrou o encontro. A cerimônia engraçada foi interpretada por Heitor Lavor, Juanita Mota, Batista de Oliveira, Francisca Freire, Abrahão Lacerda, Rafael Mota e a professora de artes da AAFEC Joana Angélica.
Mas o que ninguém esperava, animou ainda mais o Sarau. Os participantes foram surpreendidos com uma esquete encenada pela diretora administrativa da associação. Juanita Mota entrou no auditório caracterizada de uma jovem do sertão que teria vivido uma paixão por Luiz Gonzaga. Segundo o texto da narrativa, na época ela era “uma cabrita cheirando a leite”. A encenação encerrou com a apresentação da música “Xote das Meninas”.