Fonte: Diário do Nordeste
Seplag garante que 60% do funcionalismo estadual da ativa pode contar ainda, com aumento de 5%
Pelo
que está descrito na proposta orçamentária do governo do Estado para o
ano que vem, o servidores públicos ativos, inativos e pensionistas não
devem esperar nada mais além do que a correção monetária da ordem de
4,5%, conforme o Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA). Para
2011, a proposta orçamentária prevê destinar R$ 5,67 bilhões para
despesas com pessoal, o equivalente a 33,8% do orçamento.
Segundo
o coordenador de Planejamento, Orçamento e Gestão da Seplag, Carlos
Eduardo Pires Sobreira, "o orçamento sempre sugere reajustes com base
na inflação". Além disso, ele garante que 60% do funcionalismo estadual
da ativa pode contar ainda, com aumento de 5%, a partir de promoções
decorrentes de ascensão funcional.
"O que passar daí, virá de
decisão da mesa de negociação"formada por gestores do Estado e
representantes dos servidores, sinaliza Sobreira; transferindo para os
sindicalistas a missão de lutar por melhorias salariais à categoria.
Ele ressalta, no entanto, que essa negociação esbarra na capacidade do
orçamento mas, sobretudo, na Lei de Responsabilidade Fiscal (LRF), que
não permite que o Estado comprometa mais de 57% da receita corrente
líquida (RCL) com despesas de pessoal. Até agosto deste ano, a relação
Gastos com Pessoal versus RCL esteve em 50,26% e para 2011, está
prevista para 50,18%.
Data base
Presente
à entrega da peça orçamentária, o deputado reeleito e atual líder no
governo na Assembleia Legislativa, Nelson Martins, confirmou que a data
base do funcionalismo estadual será antecipada para janeiro. Com isso,
além da correção monetária de julho a dezembro deste ano, os servidores
receberão aumento real de 2%. "Esse foi um compromisso assumido pelo
governador", disse Martins.
ANÁLISE
Bolsa no maior nível desde junho de 2008
A
Bovespa teve um dia volátil, finalizando o pregão de ontem com um ganho
somente modesto. A agenda econômica do dia foi intensa, principalmente
nos EUA, onde o titular do banco central reforçou as expectativas por
uma nova rodada de estímulos à economia. Mas o que pesou mesmo foi a
cautela, já que a semana que vem promete ser intensa.
Entre
outros eventos previstos para o período, o Copom, comitê que decide a
taxa básica de juros do país, volta a se reunir na semana que vem. A
maior parte dos economistas projeta a manutenção em 10,75% ao ano.
Na
semana, o índice Ibovespa valorizou 1,44%, o que jogou o nível de
preços da Bolsa para seu ponto mais alto desde 2 de junho de 2008. Vale
a lembrança de que, poucos dias antes, a Bolsa havia atingido o seu
nível histórico: 73.516 pontos. O Ibovespa, que reflete os preços das
ações mais negociadas, subiu 0,19% no fechamento, aos 71.830 pontos. O
giro financeiro foi de R$ 6,40 bilhões, abaixo da média deste mês. Nos
EUA, o índice Dow Jones, da Bolsa de Nova York, recuou 0,29%.
O dólar comercial foi trocado por R$ 1,666, em alta de 0,18%. Os preços da moeda americana oscilaram entre R$ 1,666 e R$ 1,652.
Há
um consenso forte entre os analistas do setor financeiro de que o Copom
não deve mexer na taxa básica de juros na semana que vem. A Selic deve
continuar estável, mas somente até o fim do ano. Entre as notícias mais
importantes do dia, o presidente do Fed (Federal Reserve, o BC dos
EUA), Ben Bernanke, reafirmou a disposição das autoridades econômicas
em fornecer mais estímulos à economia, ao ressaltar as taxas ainda
altas de desemprego, bem como a inflação baixa.