15/03/2011

Taxas do empréstimo e cheque especial sobem

Fonte: Diário do Nordeste
 
Levantamento foi realizado com dados do Banco do Brasil, Bradesco, Caixa, HSBC, Itaú, Safra e Santander

São Paulo As taxas de juros do empréstimo pessoal e cheque especial apresentaram leve alta em março, segundo levantamento do Procon-SP divulgado ontem. No cheque especial, houve acréscimo de 0,02 p.p. (ponto percentual), enquanto no empréstimo pessoal a alta foi de 0,03 p.p.. O levantamento, feito nos dias 1º e 2 deste mês, envolveu o Banco do Brasil, Bradesco, Caixa Econômica Federal, HSBC, Itaú, Safra e Santander.

A taxa média do empréstimo pessoal ficou em 5,42% a.m. (ao mês), superior à do mês anterior que foi de 5,39% ao mês. O único banco a elevar a taxa foi o HSBC, com a elevação da taxa de 4,30% para 4,50% a.m., o que significa um acréscimo de 0,2 p.p., representando variação de 4,65% em relação à taxa de fevereiro. Mesmo com a alta, o HSBC é o que tem menor taxa, enquanto a maior é praticada pelo Itaú, com 6,30% ao mês.

Cheque especial

O cheque especial teve taxa média de 9,31% ao mês, ante a taxa de fevereiro de 9,29% ao mês.

A única alteração foi promovida pela Caixa Econômica Federal, que elevou a taxa de cheque especial de 7,15% para 7,31% a.m., o que significa um acréscimo de 0,16 ponto percentual, variação de 2,24% em relação à taxa de fevereiro.

Cenário

O Procon-SP destaca que, "considerando que existe a possibilidade de variação da taxa do empréstimo pessoal em função do prazo do contrato", foi estipulado o período de 12 meses, prazo adotado pelos bancos pesquisados. Os dados coletados referem-se a taxas máximas pré-fixadas para clientes não preferenciais, independente do canal de contratação. Para o cheque especial, considerou-se o período de 30 dias. A data do levantamento deste mês coincidiu com a da segunda reunião do Copom (Comitê de Política Monetária), que decidiu elevar novamente a taxa Selic em 0,5 p.p., passando de 11,25% a 11,75% ao ano. O mercado financeiro continua respondendo às previsões de aperto monetário, no entanto sua posição é de cautela. A perspectiva de elevação da taxa básica tem reflexo sobre taxas futuras, elevando o custo de captação dos bancos e o crédito ao consumidor.