14/08/2019

Trabalhadores, professores e estudantes manifestam em defesa da educação pública e do direito à aposentadoria

                         

Milhares de trabalhadores, professores e estudantes se uniram na manhã desta terça-feira, 13 de agosto, em todo o País, para mais um dia de luta contra os desmontes na área da educação e pelo direito à aposentadoria. Em Fortaleza, o ato teve concentração na Praça da Gentilândia, no Benfica, partir de 8 horas da manhã. De lá, os manifestantes se dirigiram para o centro da cidade e terminaram a manifestação da Praça do Ferreira. 

Com a participação de movimentos sociais, centrais sindicais e sindicatos, a manifestação foi marcada pelo batuque dos estudantes, muita música, paródias e palavras de ordem. “Assim como a previdência social, a educação pública é patrimônio do povo brasileiro. Todos os fazendários são convocados a participar dos atos e manifestações, fortalecendo a resistência. Não iremos permitir retrocessos”, reforça o diretor de Organização do Sintaf, Lúcio Maia. 

Para a Diretoria do Sintaf, é fundamental que todos os trabalhadores se unam em defesa do direito à aposentadoria. Caso seja aprovada, a reforma da Previdência dificultará drasticamente o acesso dos trabalhadores aos benefícios previdenciários, prejudicando principalmente os mais pobres. “Se a proposta for modificada pelos senadores, terá de voltar a ser discutida na Câmara. Precisamos ficar atentos para evitar mais prejuízos aos trabalhadores. Há, inclusive, o risco do retorno da capitalização e da desconstitucionalização, que é a retirada das regras da Previdência da nossa Constituição Federal”, alerta Lúcio.

 

Contra os ataques à educação pública 

De acordo com a Rede Brasil Atual, universidades e institutos federais perderam, desde o início do ano, R$ 5,84 bilhões em seus orçamentos, ameaçando o funcionamento de alguns campi universitários, que podem ter que suspender suas atividades a partir de outubro. A falta de recursos não atinge apenas o ensino superior, mas também a educação básica. 

As restrições orçamentárias também devem atingir as pesquisas, que poderão ser paralisadas, não apenas por conta do corte de 2.700 bolsas, anunciado pela Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal do Nível Superior (Capes), mas também pela falta de recursos para manter os laboratórios funcionando. 

Os estudantes protestaram ainda contra o projeto Future-se, apresentado pelo Ministério da Educação (MEC), que prevê a ampliação do financiamento privado no ensino superior, o que deve levar a um sucateamento ainda maior das universidades públicas. Para a União Nacional dos Estudantes (UNE) e outras organizações, o Future-se é visto como um ataque à autonomia universitária e um caminho para a privatização do ensino superior no país. 

Na opinião do diretor de Organização do Sintaf, Lúcio Maia, “a educação pública de qualidade é fundamental para a construção de uma sociedade desenvolvida e solidária”.

 

Fonte: Sintaf/ce