17/08/2011
Causou-me surpresa a oposição de alguns colegas ao projeto de união AAFEC-SINTAF, proposto e aprovado pelos aposentados em Assembleia Geral. Ora, o entrosamento entre as duas entidades já existia na prática, com nímias vantagens, principalmente para a AAFEC. Oficializá-lo é, portanto, atitude meritória de nossos dirigentes, pois revela inteligência no exercício da liderança. Afinal de contas, como augurar malefícios de algo tão profícuo que só nos pode fortalecer? É evidente que nada temos a perder. Absolutamente nada. A não ser que se analise o fato pela ótica de certa gente que só consegue ver insídias em todo projeto que implique mudança. Por que tanta desconfiança, quando, em verdade, só temos a ganhar. Somente um cego não percebe o óbvio, isto é, que sem o concurso do sindicato nosso poder de barganha é simplesmente nenhum, e que o estreitamento de relações com o pessoal do SINTAF só nos trará benefícios, a começar pelo fundamental, isto é, nossas chances de vitória na luta ingente por dias melhores, que, daqui por diante, serão ampliadas. Autocritiquem-se, pois, os arautos do contra e juntem-se a nós. Não custa nada abdicar de um erro. Aos que ainda não se convenceram, é bom lembrar que todos ganharemos, inclusive os novatos. Claro, os moços de hoje (excetuando-se a meia dúzia de imediatistas que nada enxergam adiante do nariz) já não pensam nem agem como os de antanho, pois têm consciência de que, apoiando os mais velhos, investem em si próprios, isto é, constroem as bases de um futuro sem atropelos para seus familiares. Estão convencidos de que o tempo é ágil, e, quando menos esperarem, estarão aposentados e enfrentando os mesmo problemas que hoje nos afligem.
Portanto, por que a ojeriza contra o SINTAF? Os que o dirigem são tão fazendários quanto nós e merecem confiança. Chega de empáfia e falso elitismo. Esses arroubos de conservantismo já não se justificam. Os tempos são outros. Para os colegas contrariados, que, ao que tudo leva a crer, ainda estão vivendo no século passado, aqui vai um lembrete: os sindicatos não são mais aqueles do tempo da guerra fria, ou seja, já não abrigam baderneiros nem ‘’comunistas raivosos’’. Demais, ao que sabemos, pelo menos neste hemisfério, o comunismo está descartado como opção políticoeconômica, enquanto os sindicatos aí estão, em todos os quadrantes, cada vez mais respeitados, defendendo os trabalhadores, sem quaisquer laivos ideológicos. E não podia ser diferente. Sem eles, a classe operária ( e o que somos nós senão operários qualificados a serviço do Estado?) já estaria escravizada, aqui e alhures, pela ganância dos patrões.
Ninguém nos venha com pretensões equivocadas ou pedantismos pequeno-burgueses. Não podemos perder tempo e, menos ainda, oportunidades. É preciso esquecer o passado e confiar plenamente em nossas lideranças. Ademais, nossa timoneira, Elenilda dos Santos, já deu mostras suficientes de que sabe o que faz e não nos arrastaria para aventuras duvidosas. Apoiemo-la, portanto. Outrossim, quem, em sã consciência, duvidaria de Ubiratan, um dos mentores do projeto de união, cuja honradez e inteligência são motivos de orgulho para a classe fazendária? Não há nada a temer, companheiros. Unamo-nos e seremos mais fortes!